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Relato de Brenda

 

“Palavra alguma que eu conheça vai poder explicar o sentimento e força do simples gesto de atuar."

(Desconhecido)

            Atuar é uma tarefa difícil, dar vida a um personagem, representar alguém desconhecido. Dizer o que aprendi ao me deparar com essa experiência, é um tanto complicado. Do ponto de vista psicológico, tive que aprender a controlar o nervosismo, até porque quando a luz acende e é hora de deixar quem sou e dar vida a “velha”, é um momento de tensão. Naquele momento a voz não pode falhar, o tic e o toc precisam ser perceptíveis e é claro, as falas têm que estar na ponta da língua. Essa busca por “perfeição”, se a palavra pode ser usada nesse contexto, me ajudou muito em outras apresentações, independentemente de serem artísticas ou não. Apresentações de seminários e workshops se tornaram muito mais fáceis.

            Com relação aos problemas encontrados, não foram tantos assim, entretanto apesar dos gestos da personagem terem sido determinados por mim era quase impossível lembrar de tudo. Isso é um desafio a ser enfrentado na busca de um bom espetáculo e de uma boa atuação. O figurino também foi um pouco complicado, já que, sendo cenógrafa sempre tenho que arranjar tempo para montar as peças de cenário e se caracterizar antes das apresentações, acabo sempre sendo a última, para o desespero da figurinista.

            Tendo em vista a responsabilidade de cenário fui “dispensada” de entregar a ficha de criação de personagens, mas como ela é de uso do ator, acabei tendo que idealizar ações a serem incorporadas pela “velha”. Foi muito importante ter idealizado essas ações para que a personagem não ficasse perdida em cima do palco, afinal de contas, as ações dão vida as falas. 

© 2015 por CIA. TEATRAL DESNORTEADOS. Orgulhosamente criado com Wix.com

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